Uma tradição milenar segue seu curso, sob olhos atentos e até certo ponto curiosos, admirados, de um recém chegado ao mosteiro.
Enquanto os primeiros monges aproximavam-se adentrando ao grande salão, caminhando a passos tranqüilos e ritmados, eu observava seus trajes. Aquele vestuário era simples mas ganhava vida e pompa no contexto. Meus pensamentos vagavam, imaginando questões que não deveriam ter lugar em uma cerimônia como aquela.
Novos monges iriam alcançar um grau mais elevado, presumia.
Por falar em presumir... O que teria me levado até ali?
Agora percebia. As pessoas, em torno de mim, estavam tão concentradas, interiorizadas espiritualmente, que pareciam não me ver... ou será que realmente não me viam???
Olhei-me. Não pude deixar de pensar, que se fosse ao contrário, e eu estivesse no lugar de um dos monges, é claro, que perceberia a presença de outra pessoa, especialmente destoando de um quadro tão harmônico.
Por falar em destoar, fui “pego” pelo olhar de um dos monges que embora estivesse do outro lado da sala, me viu.
Não sei se cumprimento sorrindo ou não. Por via das dúvidas, é melhor fingir que não vi.
Tento me concentrar na cerimônia, mas... os olhos do monge me perseguem. Gostaria de estar invisível.
Está me deixando desconcentrado!
Não há nada de mais em olhar para outra pessoa. Vou parar de pensar e caminhar em sua direção para cumprimentá-lo.
Não cheguei a dar três passos e estava bem de frente para o monge.
Por que não se levanta? Que falta de educação! Eu teria levantado!
Tudo bem. Me sentarei à sua frente para provar amizade e humildade.
Olho direto em seus olhos. Ele parece não ver meu rosto, mas me sinto inteiramente revelado. Seu olhar é profundo e aconchegante. Me parece mais velho do que antes, me parece mais feliz... me parece familiar....
Alguns instantes se passaram, ou seriam anos...
Não importa!
Um jovem perplexo e admirado, aproxima-se com “ar” arrogante. Com certeza acha-me sem educação por não levantar-me para cumprimentá-lo.
Deixarei que perceba a grandeza e o valor da humanidade. Quando isso acontecer, ele se sentará diante de mim.
Enquanto os primeiros monges aproximavam-se adentrando ao grande salão, caminhando a passos tranqüilos e ritmados, eu observava seus trajes. Aquele vestuário era simples mas ganhava vida e pompa no contexto. Meus pensamentos vagavam, imaginando questões que não deveriam ter lugar em uma cerimônia como aquela.
Novos monges iriam alcançar um grau mais elevado, presumia.
Por falar em presumir... O que teria me levado até ali?
Agora percebia. As pessoas, em torno de mim, estavam tão concentradas, interiorizadas espiritualmente, que pareciam não me ver... ou será que realmente não me viam???
Olhei-me. Não pude deixar de pensar, que se fosse ao contrário, e eu estivesse no lugar de um dos monges, é claro, que perceberia a presença de outra pessoa, especialmente destoando de um quadro tão harmônico.
Por falar em destoar, fui “pego” pelo olhar de um dos monges que embora estivesse do outro lado da sala, me viu.
Não sei se cumprimento sorrindo ou não. Por via das dúvidas, é melhor fingir que não vi.
Tento me concentrar na cerimônia, mas... os olhos do monge me perseguem. Gostaria de estar invisível.
Está me deixando desconcentrado!
Não há nada de mais em olhar para outra pessoa. Vou parar de pensar e caminhar em sua direção para cumprimentá-lo.
Não cheguei a dar três passos e estava bem de frente para o monge.
Por que não se levanta? Que falta de educação! Eu teria levantado!
Tudo bem. Me sentarei à sua frente para provar amizade e humildade.
Olho direto em seus olhos. Ele parece não ver meu rosto, mas me sinto inteiramente revelado. Seu olhar é profundo e aconchegante. Me parece mais velho do que antes, me parece mais feliz... me parece familiar....
Alguns instantes se passaram, ou seriam anos...
Não importa!
Um jovem perplexo e admirado, aproxima-se com “ar” arrogante. Com certeza acha-me sem educação por não levantar-me para cumprimentá-lo.
Deixarei que perceba a grandeza e o valor da humanidade. Quando isso acontecer, ele se sentará diante de mim.
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