21 de ago. de 2013

Colegiados Setoriais, uma nova realidade.

A Capital tem o maior PBI per capita do Brasil, o que a torna um mercado cobiçado por qualquer comerciante, mais resulta um terreno hostil para os artistas locais e quem lida com Cultura.
No ramo das Livrarias praticamente tem desaparecido as pequenas, somente algumas teimosas sobrevivem, quando vejo a Cotidiano, Chico o Ivan Presença penso que eles teriam que ganhar o premio “Heróis da resistência” por sobreviverem. As grandes Megas multinacionais têm copado o mercado (é assim em todas as grandes cidades) e ali escritor local não tem vez, se quiser um lugar de destaque nas prateleiras tem que pagar vários milhares de reais. Toda a Cadeia produtiva se vê afetada, o ilustrador, o capista, o revisor não tem trabalho, as gráficas no imprimem porque os escritores no publicam.
Brasília se torno a terra de caça aos Editais, cada artista por seu lado busca um bocado dos recursos públicos que le permita ir sobrevivendo, essa pratica termina criando um muro entre os artistas, cada vez mais longe um do outro.
A contradição é tão grande que enquanto o publico desfruta de grandes eventos, atualmente se realiza uma mostra de teatro das mais interessantes (Cena Contemporânea), na porta da Secretaria de Cultura tem acampado artistas que reclamam apoio para a Bienal B, espaço alternativo para a poesia, a reivindicação e de Luiz Amorim é um dos agentes culturais de maior protagonismo na cidade e conta com a simpatia de toda a classe artístico-cultural. Como vem: nosso publico todos querem, já a nossos artistas...
Temos urgências e prioridades que merecem nossa atenção imediata, como acabamos de ser eleitos para integrar o Colegiado Setorial da Literatura, onde seremos empossados e apresentados no próximo sábado 24, na Pré-conferência, achamos que no podíamos esperar, e realizamos (o Colegiado da Literatura) uma reunião informal para analisar prioridades e delinear ações a seguir.
O resultado foi muito produtivo e crio uma sinergia no grupo que se prepara para enfrentar varias batalhas em diferentes campos.
Ainda este ano teremos a Feira do Livro e precisamos tomar posição e ajudar a Câmara do Livro a fazer uma boa Feira, recuperando o prestigio que se a ido perdendo. No próximo ano temos Bienal e Copa do Mundo, seguramente não vamos a ficar assistindo de braços cruzados.
Entre as urgências estão as articulações com outros Colegiados, com o Teatro têm que buscar que atores brasilienses encenem peças de escritores brasilienses, com a musica buscaremos que cantem os poetas nossos. Entre todos os Colegiados organizarmos para ter nossos próprios meios de divulgação (canal de radio, audiovisual e impresso).
Uma ideia muito oportuna é fazer um levantamento de quantos Coletivos Literários tem na cidade, o primeiro passo para reconhecermos e articularmos ações e políticas conjuntas.

Tantos anos militando em Coletivos Literários, com vitorias e frustrações, nos leva a acreditar que este momento é histórico e desde os Colegiados podemos avançar e ajudar muito. Esperamos estar a altura dos desafios que vem por aí...