14 de jul. de 2008

Crônica sobre Educacionismo II


Nosso continente vive um novo tempo cíclico: tempo de esquerdas capitalistas. Em vários países percebe-se os esforços, as injeções que os Estados tentam dar às classes favorecidas. São os únicos métodos de redistribuição de renda que eles têm conhecido, o tamanho dessa “fatia” é o grande debate nos Congressos Nacionais. Redistribuição da riqueza é o caminho mais curto para uma melhor qualidade de vida.
Para a inconformidade de novos dirigentes políticos latinoamericanos, obter os governos não significou ganhar o poder; esse já tem dono a tempos, quem detém o poder é Dom Mercado.
O Capitalismo instaurou os regulamentos, os tribunais, as leis do jogo, a muito que vêm fazendo isso. Se “ele” se mostra indestrutível, soberano e absoluto, a utopia é a mutação. A sociedade mudará as regras do jogo.
Necessitamos dirigentes mais filósofos que nos façam pensar, e menos Políticos que nos digam o que fazer. Na oportuna alteração desta rota suicida, está em jogo a própria sobrevivência da espécie humana.
Esta Sociedade do Consumo e da Opulência conseguiu transformar o “Homo Sapiens” em “Homo Consumidorus”. São todos tratados como Turbo-consumidores, que oscilam entre a euforia e o vazio, loucos para comprar, desesperados para pagar.
A qualidade de vida das próximas gerações são o grande desafio do Movimento Educacionista, não apenas no Brasil, mas também em Latinoamerica, (afinal o mesmo vento que venta lá, venta cá).
O cidadão do futuro tem que se sentir realizado pelo que é, não apenas pelo que tem. Nossos jovens exigem ferramentas para diferenciar: o valor, do preço; e que êxito não é felicidade.
O Educacionismo tem que tomar para si o protagonismo, como Movimento Popular que é. Não apenas na elaboração das políticas do Estado, também deve influenciar, para que a Sociedade adote “Ações Positivas” (exemplos que deram certo), que permitam ao homem do futuro olhar para dentro de si, e se reencontrar com seus valores, sentindo-se realizado no esporte ou nas artes.
O consumo desenfreado como nos “sugerem” os meios multimídia, não devem ser a única opção. Construir uma nova alternativa leva tempo, esse tempo ... tão escasso... é agora. É a utopia. É o Educacionismo.
Raúl

Crônica sobre Educacionismo I


O Movimento Educacionista é um lindo desafio que temos pela frente.
Num mundo em transformação, transformações velozes e multilaterais que nos abraçam e nos arrastam num remoinho louco e inesperado, temos a obrigação de olhar lá na frente, com muito realismo e sem fazer futurismo. As futuras gerações dependem do quanto somos capazes de lidar com nossos destinos, tem que haver um golpe de timão, uma pisada no freio.
Os americanos aprenderam com os europeus que torrar dinheiro fazia feliz os homens (algumas mulheres também). Capitalismo, chamaram-lhe, quem tiver a casa mais luxuosa, o carro maior, esses, sobem no pódio da vida.
Americam Life: esse é o sistema de vida que eles exportaram, que nos venderam, que se instalou entre nós; ele chegou na China e na Índia, com seus milhares de milhões, ávidos por consumir. Viviam com um par de sandálias e uma túnica por ano, agora querem um par de tênis de griffe e uma calça diferente cada dia, querem por que tem direito e dinheiro para consumir. Neste mundo descartável do “use e jogue fora” o fim é previsível e irremediável.
Nas últimas décadas, o homem tem consumido mas que em toda a história da humanidade os recursos naturais, recursos finitos, não renováveis.
Para as próximas gerações restará muito pouco, ou melhor já comeram, devoraram, industrializaram.
A sorte do Brasil está estritamente ligada à sorte da Latino America, onde o Brasil for, boa parte da Latino America o seguirá. Nas capitais Latino-americanas é noticia o que acontece nas grandes cidades do Brasil, mais aqui só interessa o que ocorre nos EEUU e Europa.
O Movimento Educacionista chega em esse momento da história, sem revoluciones, sem bandeiras. Os únicos enfrentamentos no Mercosul são por dinheiro, exceto os movimentos indigenista e pela terra. O Educacionismo deve ser uma ferramenta, para que as próximas gerações aprendam a olhar e se realizar com a Cultura, as Artes e os Esportes, que olhem dentro de si, e não sejam meros consumidores escravos de Don Mercado.
Raúl