14 de jul. de 2008

Crônica sobre Educacionismo I


O Movimento Educacionista é um lindo desafio que temos pela frente.
Num mundo em transformação, transformações velozes e multilaterais que nos abraçam e nos arrastam num remoinho louco e inesperado, temos a obrigação de olhar lá na frente, com muito realismo e sem fazer futurismo. As futuras gerações dependem do quanto somos capazes de lidar com nossos destinos, tem que haver um golpe de timão, uma pisada no freio.
Os americanos aprenderam com os europeus que torrar dinheiro fazia feliz os homens (algumas mulheres também). Capitalismo, chamaram-lhe, quem tiver a casa mais luxuosa, o carro maior, esses, sobem no pódio da vida.
Americam Life: esse é o sistema de vida que eles exportaram, que nos venderam, que se instalou entre nós; ele chegou na China e na Índia, com seus milhares de milhões, ávidos por consumir. Viviam com um par de sandálias e uma túnica por ano, agora querem um par de tênis de griffe e uma calça diferente cada dia, querem por que tem direito e dinheiro para consumir. Neste mundo descartável do “use e jogue fora” o fim é previsível e irremediável.
Nas últimas décadas, o homem tem consumido mas que em toda a história da humanidade os recursos naturais, recursos finitos, não renováveis.
Para as próximas gerações restará muito pouco, ou melhor já comeram, devoraram, industrializaram.
A sorte do Brasil está estritamente ligada à sorte da Latino America, onde o Brasil for, boa parte da Latino America o seguirá. Nas capitais Latino-americanas é noticia o que acontece nas grandes cidades do Brasil, mais aqui só interessa o que ocorre nos EEUU e Europa.
O Movimento Educacionista chega em esse momento da história, sem revoluciones, sem bandeiras. Os únicos enfrentamentos no Mercosul são por dinheiro, exceto os movimentos indigenista e pela terra. O Educacionismo deve ser uma ferramenta, para que as próximas gerações aprendam a olhar e se realizar com a Cultura, as Artes e os Esportes, que olhem dentro de si, e não sejam meros consumidores escravos de Don Mercado.
Raúl

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