9 de ago. de 2009

Eleições na Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil




Como vocês sabem, eu sou uruguaio, por isso minhas preocupações vão além do Oiapoque e do Chuy, sonho com a “Pátria Grande” que sonharam Artigas, San Martin e Bolívar. Entendo que os problemas dos brasileiros são os problemas dos latino-americanos, como os problemas dos trabalhadores do Brasil se reproduzem pelo mundo.
Eu tinha duas questões para expor aqui, mais uma vou descartar, por que alguns companheiros melhor capacitados, já abordaram o assunto: o futuro dos sindicatos e a necessidade de ajudarem aos filiados a se reciclarem, adquirindo habilidades e conhecimentos.
Quero aprofundar mais sobre a outra questão.
Complementando algumas vozes que já se manifestaram na plenária, vozes de alerta pela situação que se vive em Honduras e preocupadas com os episódios que estão acontecendo no Senado brasileiro.
Nós da CTB temos que ter consciência do momento histórico que vivemos e de nossa importância, como formadora de opinião e mobilizadora de massas.
Se fizermos uma leitura do contexto político regional, veremos algumas situações recorrentes em paises como: Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai ou Brasil, onde a oposição é feita pelas empresas de comunicação, já que a oposição política não existe, após a chegada da crisis tem ficado sem discurso, sem idéias.
A grande bandeira que a CTB deve levantar com determinação é da Reforma Política. Todos estes fatos sobre Nepotismo, corrupção, são “café pequeno”, ações para desvirtuar a opinião pública, que acontecem pela ineficácia do Estado.
A Reforma Política é a batalha que ninguém quer encarar, os políticos fogem dela, como o Diabo foge da Cruz. Os Sindicatos olham para outro lado defendendo o “Status Quo”, a sociedade anestesiada, não enxerga a necessidade das reformas.
Este governo tem colocado um pouco mais de arroz e feijão no prato dos brasileiros, por isso eu o aplaudo, mais esta devendo, sobre a modernização do Estado e a democratização da sociedade.
Enquanto: o Legislativo tiver recursos para fazer “obras” em suas “chacrinhas”, eles não terão tempo para legislar, o Executivo governar por meio de Medidas Provisórias, dispensando a ação do Legislativo, e o Judiciário estiver sempre defendendo seus aliados “caixa alta”, o Estado não será nem democrático, tão pouco eficiente.
Por isso se impõe o debate da Reforma Política. Nossos estudantes e obreiros carecem de bandeiras éticas e progressistas, ao nosso povo falta paixão, despertá-la é a missão da CTB. Só com estas ferramentas, poderemos perpetuar a distribuição de riquezas e continuar na busca da qualidade de vida de nossa gente.


Esta foi nossa participação, no 2º Congresso da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, ele foi realizado na Sede do Sindicato de Policiais Federais, com representantes de dezoito Sindicatos.
Dois temas centrais foram tratados neste congresso: a defesa pelo Salário Mínimo Regional e a eleição da nova diretoria que foi eleita por aclamação.


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