2 de out. de 2013

Lista de Sugestões para os Coletivos Artístico-Culturais de Brasilia.


1-    Realização de Férias Literárias em varias cidades. (descentralização)
2-    Inclusão e Integração das Linguagens Artísticas.
3-    Criação da Rede de Comunicação, Divulgação, Marketing e Noticias.
4-    Apropriação de espaços para funcionar como Sedes dos Coletivos.
5-    Elaboração de Agenda Cultural comum a todos os Coletivos.
6-    Participação da comunidade Artístico-cultural brasiliense em eventos de visibilidade nacional.
7-    Festivais Multiculturais, educação e multi-letramento.

1-    Fora dos grandes eventos literários que a cidade já conta (Bienal e Feira) que sempre são realizados na região central da cidade, se impõe levar para a periferia e entorno este tipo de atividade. Esta é maior ferramenta de Inclusão Cultural e Literária que nossa sociedade possa ter, cidades como Taguatinga, Cinelândia, Samambaia, São Sebastião, Riacho, Recanto ou Sobradinho estão perfeitamente capacitadas para receber eventos de poucos dias de duração com a presença de escritores das cidades e até de projeção nacional. Algumas cidades não contam com estruturas muito grandes para eventos de grande porte, é aí que entra a descentralização: a Feira infantil em uma escola, para adultos em uma praça, os conteúdos (palestras, debates) em outro lugar; não é necessário amontoar todas as atividades em um só lugar, cada cidade tem suas próprias especificidades.

2-    Historicamente lidar com artistas, significa lidar com egos exacerbados, pessoas que buscam seu reconhecimento e o aplauso, o artista é um ser solitário: ele e sua obra. Nestes tempos de novas tecnologias, redes sociais e globalização, tem trazido uma mudança nos comportamentos de nossa sociedade, com os artistas não é diferente. Hoje não se consegue mais caminhar sozinho pela aldeia global, e temos que criar ferramentas para que os artistas interatuem e interajam.

 Isso se chama “diálogos e negociações” entre as diversas linguagens artísticas; entre classes sociais diferentes, entre estilos de vida diversos e segmentos populacionais desiguais.
Hoje no se justifica que uma Feira literária comece com o escritor e termine no livro, ela deve passar pelos diversos gêneros artístico-culturais, uma feira literária é uma excelente oportunidade para ver teatro, dança, escutar musica, o circo ganhar as ruas ou os pintores e escultores mostrarem seus trabalhos.  
Fomentar a integração e o dialogo entre os diversos gêneros é uma missão que nosso Colegiado leva muito a serio, sabendo que disso depende o sucesso de muitas ações que venham a ser empreendidas.

3-    Na ultima Conferencia de cultura cada vez que o tema foi divulgação ou publicidade, as discussões emperraram, mostrando claramente que existe aí um profundo gargalo. As reclamações pelo desinteresse existente nos grandes médios de comunicação pela classe artística local foram mais que estridentes.
Nosso Colegiado não tem como alterar a pauta dos grandes conglomerados mediáticos, pero podemos buscar alternativas para superar esse gargalo.
Impõe-se a criação de uma Rede de Divulgação e Difusão, administrada pela própria classe artística, ela tem que estar impregnada de um compromisso explicito dos próprios artistas, para ajudar a divulgar uma agenda comum. Hoje cada grupo divulga para seus contatos suas atividades, o ideal é uma agenda de atividades que seja divulgada por todos.
Todo este projeto deve ser fundamentado a partir de um Portal de internet que centralize as informações, onde se divulguem atividades e eventos, com administradores rotativos representantes dos diversos Coletivos. Também podem ser usados estudantes de comunicação e jornalistas que façam estágios de 6 meses na administração do Portal. O financiamento pode ser por doações espontâneas, comissão por vendas, ou taxas de inscrições. Por tratar se de um empreendimento de baixo custo acredito que o financiamento não será problema, os administradores não ganharam salários apenas ajuda de custo (por isso a utilização de estudantes em lugar de profissionais da área)

4-    Outra reclamação da sociedade (em todos os territórios) e a falta de espaços físicos que servem para reuniões ou sede para os diversos grupos. Nosso Colegiado quer ajudar a Sociedade a se apropriar dos espaços públicos e vai trabalhar para que Brasília tenha uma (ou varias) Casa da Cultura. Hoje o conceito de “Sede” esta mudando, não passa por ter a chave de uma sala, com armários  e moveis, nos tempos de hoje a sede basta ter uma mesa, cadeiras e Wi-fi, sendo que muitas presenças são “virtuais”. A implantação de Internet sem fio nos espaços culturais (no Renato Russo, por exemplo) é suficiente para convocar as reuniões dos artistas. Alguns Coletivos realizam eleições de tempo em tempo e não possuem ferramentas seguras para fazê-las pela internet (no futuro até os presidentes serão eleitos assim) o Estado pode disponibilizar as ferramentas adequadas para isso, muitos Coletivos enfrentam problemas para cobrar as taxas anuais ou espontâneas, gastando muito dinheiro com boletos bancários e afins, este é outro serviço que pode ser disponibilizado pelo Estado para servir as agrupações.
Outro exemplo de criação de ponto (geográfico) de referencia pode ser a criação de um Kiosque Cultural na Feira da Torre, além da autossustentabilidade financeira do projeto, que serviria para vender: livros, cd’s, dvd’s, camisetas, instrumentos musicais etc; seria ponto de encontro dos artistas nos fins de semana e ajudaria a revitalizar a Feira (que perdeu brilho) com saraus e atividades que levem publico.

5-    A elaboração de uma agenda de atividades comum será potencializada grandemente se avançamos na criação da Rede de Comunicação (item 3).

6-    Um Estande para divulgar artistas brasilienses em grandes eventos como: Bienais de Rio e São Paulo, Feira do Livro de Porto Alegre, Belém etc, são perfeitamente viáveis tanto na parte logística como financeira, apenas exige uma planificação com muita anterioridade (mínimo com um ano); em todo Brasil a notoriedade de Brasília é a  pior possível, ainda que em esta cidade tenha coisas únicas elas são escondidas pelas noticias ruim que o cenário político produz, nenhuma cidade tem uma Biblioteca Braille, uma Escola Parque ou na rua os motoristas param para dar passo ao pedestre; nosso Colegiado entre suas funções abrilhantar a imagem da cidade, e tanto na atividade privada como na publica tem agente que investiriam numa ação planificada integrada: marketing e negocio.

 -    Os Festivais Artísticos Multiculturais são a melhor ferramenta para conseguir a integração e o dialogo entre as diversas Linguagens Artísticas (Art. 2). A formação de essa consciência nos cidadãos e artistas fica facilitada quando é estimulada a partir da idade escolar, pela escola, família e sociedade.

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