12 de abr. de 2008

Sociedade de consumo

Templo maior das missas do consumo!!
Shopping Centers...
Multidões que sobem...descem...
Extasiados viajam...
Paris, Praga, Pando, Paraná,
O mundo a seus pés.
Os pobres olham, olham fascinados
Os compradores bombardeados
Por ofertas extenuantes, incessantes
Do interior profundo e periférico
Posam com ídolos efêmeros
Como antes se fazia
Com heróis na praça.
Que Deus está em toda parte
Todo mundo sabe
Mais sabe também, que despacha,
Nos grandes centros urbanos
E o povo...
O procura nas igrejas do subúrbio.
Dinheiro que não traz a felicidade???
Mas...
traz algo muito parecido
que a diferença não sei explicar.
Do Paleolítico ao século XX
A vida humana era tão agrícola!!!
Formigueiros humanos de hoje
Deslocados de campos modernos
Invadidos por transgênicas monoculturas
Tem que exportar! Manda don Mercado!!
Cada dia mais crianças
Bebendo coca cola
E sempre menos leite
Se eles não têm cama
Não lhes falta celular
que será pago em parcelas
e é o novo rei do lar!!
Autentico totem
Do democrático progresso
Que fala para todos
e não escuta ninguém
A diversidade é inimiga
Da rentabilidade
Só vale a uniformidade
E sua ditadura
Que transforma os seres
Em fotocópias obscuras
De consumidores exemplares
Ansiosos por comprar
Angustiados para pagar.
As coisas nos abraçam
São passaportes e alfândegas
Para nossa sociedade de classes.
A cultura do consumo
Efêmero e descartável
Fabrica coisas para não durar
A moda impõe vertiginoso ritmo
Com necessidades loucas de vender
Dinheiro plastificado que viaja,
A velocidade luz,
Onde esteve ontem
Já não esta mais
Rastros de desemprego
Capital que se marchou
Donos do mundo
Apenas uma meia dúzia
Querem nos fazer pensar
Que Deus privatizo a Terra.

Raúl

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