Integrantes da Mesa: promotor Thiago André Pierobom, Antonia Cardoso lider do Movimento de População de Rua, Raúl Larrosa Ballesta e deputada federal Erika Kokay.
A continuação parte do texto
que preparei para participar da mesa criada pelo Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares
(CEAM) para discutir Inclusão Social e Direitos Humanos:
“Pelas experiências que
tenho vivido aprendi que uma sociedade responsável tem que se preocupar com a Inclusão Social dos menos afortunados,
tem sido este tipo de política levada adiante pelos países da região que tem resgatado da miséria a milhões de latino-americanos.
Este Estado de bem-estar é combatido pelas classes altas, grandes pagadoras de
impostos que se molestam com os gastos sociais dos governos. A miopia social
gera esta reclamação, porque não enxergam que um indivíduo na marginalidade não
produz riquezas para a sociedade onde vive, nem para o estado, não trabalha,
não paga impostos, não cuida da família; obrigando o Estado a ficar a seu dispor com médicos, bombeiros, ambulâncias policiais, cadeias etc . Mais se recuperamos esse cidadão ele volta ser ativo e
produtivo e seus filhos tem menos
chances de integrar as estadísticas do submundo e do crime organizado.
Para aqueles que têm uma boa
posição social a comida não é uma preocupação, afinal eles acabam de almoçar,
com direito a cafezinho e sobremesa. Eles precisam trocar sua hipócrita vida social
por uma de vida de verdade, menos fútil, menos superficial.
Na luta por recuperar a
cidadania e a autoestima contamos como ferramenta fundamental a Inclusão
Cultural. As Artes tem um papel essencial nesta ação, pois elas são o espelho social de uma época,
e conseguem transformações verdadeiras, no espírito das pessoas, principalmente
aquelas que dominadas pelo álcool e a droga, que esqueceram o que era
felicidade, uma musica, uma dança, uma simples leitura o trabalho manual
conseguem abstrair um viciado levando-o a uma nova realidade. Ajudando a
recuperar seu senso critico e desenhando sorrisos em rostos marcados pelas
desesperanças.
Fica mais fácil reintegrar
um individuo, que na escola teve contato com o esporte e as praticas
artísticas, por isso a importância que na idade escolar estes eixos
transversais tenham uma forte presença no desenvolvimento dos jovens. Hoje o Esporte e o ensinamento de praticas artísticas tem ficado em mãos do mercado privado, quando deveria ser o Estado desde a escola que deveria estar incentivando estes hábitos.
A felicidade não depende de castas sociais e sim
da qualidade de nossa alma.
La oportunidade de tornar me
um escritor me permitiu compartilhar e conhecer mentes brilhantes e inquietas,
e desde esse lugar adquirir um megafone e uma plateia, assim ando pelo mundo, defendendo o conhecimento como ferramenta para construir cidadania nos setores
historicamente mais desprotegidos. Estou
convencido que sem um fim social o saber será um passatempo fútil e frívolo.
As causas da exclusão social
são muitas e variadas, mais cada vez mais dou atenção a uma tendência que se
alastra na Sociedade moderna e é o Consumismo, alimentado desde os grandes
médios de informação e publicidade, nos querem fazer acreditar que temos que
comprar o ultimo calçado desportivo que a moda nos impõe ou trocar nosso
aparelho celular pelo novo modelo, o que compramos o mês passado já é antigo!
Imaginem aquele jovem sem recursos, que não vai comprar o tênis nem o celular
novo, roubar e uma opção valida para ele o tal vez drogar se para esquecer seu
fracasso perante seus colegas.
Apenas como mensagem final
fica a ideia que não importa o tamanho e a fortaleza de nosso pedestal sempre
um vento forte pode nos derrubar, não importa o tamanho do poço onde caímos sempre
podemos sair...mais não existe bilhete premiado que nos salve de um momento
para outro, esse salvamento é duro, demorado, trabalhoso e até doloroso...”