A Capital
tem o maior PBI per capita do Brasil, o que a torna um mercado cobiçado por
qualquer comerciante, mais resulta um terreno hostil para os artistas locais e
quem lida com Cultura.
No ramo das
Livrarias praticamente tem desaparecido as pequenas, somente algumas teimosas
sobrevivem, quando vejo a Cotidiano, Chico o Ivan Presença penso que eles
teriam que ganhar o premio “Heróis da resistência” por sobreviverem. As grandes
Megas multinacionais têm copado o mercado (é assim em todas as grandes cidades)
e ali escritor local não tem vez, se quiser um lugar de destaque nas prateleiras
tem que pagar vários milhares de reais. Toda a Cadeia produtiva se vê afetada,
o ilustrador, o capista, o revisor não tem trabalho, as gráficas no imprimem
porque os escritores no publicam.
Brasília se
torno a terra de caça aos Editais, cada artista por seu lado busca um bocado
dos recursos públicos que le permita ir sobrevivendo, essa pratica termina
criando um muro entre os artistas, cada vez mais longe um do outro.
A
contradição é tão grande que enquanto o publico desfruta de grandes eventos,
atualmente se realiza uma mostra de teatro das mais interessantes (Cena Contemporânea),
na porta da Secretaria de Cultura tem acampado artistas que reclamam apoio para
a Bienal B, espaço alternativo para a poesia, a reivindicação e de Luiz Amorim
é um dos agentes culturais de maior protagonismo na cidade e conta com a
simpatia de toda a classe artístico-cultural. Como vem: nosso publico todos
querem, já a nossos artistas...
Temos urgências
e prioridades que merecem nossa atenção imediata, como acabamos de ser eleitos
para integrar o Colegiado Setorial da Literatura, onde seremos empossados e
apresentados no próximo sábado 24, na Pré-conferência, achamos que no podíamos esperar,
e realizamos (o Colegiado da Literatura) uma reunião informal para analisar
prioridades e delinear ações a seguir.
O resultado
foi muito produtivo e crio uma sinergia no grupo que se prepara para enfrentar
varias batalhas em diferentes campos.
Ainda este
ano teremos a Feira do Livro e precisamos tomar posição e ajudar a Câmara do
Livro a fazer uma boa Feira, recuperando o prestigio que se a ido perdendo. No próximo
ano temos Bienal e Copa do Mundo, seguramente não vamos a ficar assistindo de braços
cruzados.
Entre as urgências
estão as articulações com outros Colegiados, com o Teatro têm que buscar que
atores brasilienses encenem peças de escritores brasilienses, com a musica
buscaremos que cantem os poetas nossos. Entre todos os Colegiados organizarmos
para ter nossos próprios meios de divulgação (canal de radio, audiovisual e impresso).
Uma ideia
muito oportuna é fazer um levantamento de quantos Coletivos Literários tem na
cidade, o primeiro passo para reconhecermos e articularmos ações e políticas conjuntas.
Tantos anos
militando em Coletivos Literários, com vitorias e frustrações, nos leva a
acreditar que este momento é histórico e desde os Colegiados podemos avançar e
ajudar muito. Esperamos estar a altura dos desafios que vem por aí...