7 de nov. de 2013

Inclusão Social e Direitos Humanos no DF.

Integrantes da Mesa: promotor Thiago André Pierobom, Antonia Cardoso lider do Movimento de População de Rua, Raúl Larrosa Ballesta e deputada federal Erika Kokay.                                                                                                                                                              

A continuação parte do texto que preparei para participar da mesa criada pelo Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) para discutir Inclusão Social e Direitos Humanos:

“Pelas experiências que tenho vivido aprendi que uma sociedade responsável tem que se preocupar com a Inclusão Social dos menos afortunados, tem sido este tipo de política levada adiante pelos países da região que tem resgatado da miséria a milhões de latino-americanos. Este Estado de bem-estar é combatido pelas classes altas, grandes pagadoras de impostos que se molestam com os gastos sociais dos governos. A miopia social gera esta reclamação, porque não enxergam que um indivíduo na marginalidade não produz riquezas para a sociedade onde vive, nem para o estado, não trabalha, não paga impostos, não cuida da família; obrigando o Estado a ficar a seu dispor com médicos,  bombeiros, ambulâncias  policiais, cadeias etc . Mais se recuperamos esse cidadão ele volta ser ativo e produtivo e seus filhos tem menos chances de integrar as estadísticas do submundo e do crime organizado.
Para aqueles que têm uma boa posição social a comida não é uma preocupação, afinal eles acabam de almoçar, com direito a cafezinho e sobremesa. Eles precisam trocar sua hipócrita vida social  por uma de vida de verdade, menos fútil, menos superficial.
Na luta por recuperar a cidadania e a autoestima contamos como ferramenta fundamental a Inclusão Cultural. As Artes tem um papel essencial nesta ação, pois elas são o espelho social de uma época, e conseguem transformações verdadeiras, no espírito das pessoas, principalmente aquelas que dominadas pelo álcool e a droga, que esqueceram o que era felicidade, uma musica, uma dança, uma simples leitura o trabalho manual conseguem abstrair um viciado levando-o a uma nova realidade. Ajudando a recuperar seu senso critico e desenhando sorrisos em rostos marcados pelas desesperanças.
Fica mais fácil reintegrar um individuo, que na escola teve contato com o esporte e as praticas artísticas, por isso a importância que na idade escolar estes eixos transversais tenham uma forte presença no desenvolvimento dos jovens. Hoje o Esporte e o ensinamento de praticas artísticas tem ficado em mãos do mercado privado, quando deveria ser o Estado desde a escola que deveria estar incentivando estes hábitos.
A felicidade não depende de castas sociais e sim da qualidade de nossa alma.
La oportunidade de tornar me um escritor me permitiu compartilhar e conhecer mentes brilhantes e inquietas, e desde esse lugar adquirir um megafone e uma plateia, assim ando pelo mundo, defendendo o conhecimento como ferramenta para construir cidadania nos setores historicamente mais desprotegidos. Estou convencido que sem um fim social o saber será um passatempo fútil e frívolo.
As causas da exclusão social são muitas e variadas, mais cada vez mais dou atenção a uma tendência que se alastra na Sociedade moderna e é o Consumismo, alimentado desde os grandes médios de informação e publicidade, nos querem fazer acreditar que temos que comprar o ultimo calçado desportivo que a moda nos impõe ou trocar nosso aparelho celular pelo novo modelo, o que compramos o mês passado já é antigo! Imaginem aquele jovem sem recursos, que não vai comprar o tênis nem o celular novo, roubar e uma opção valida para ele o tal vez drogar se para esquecer seu fracasso perante seus colegas.
Apenas como mensagem final fica a ideia que não importa o tamanho e a fortaleza de nosso pedestal sempre um vento forte pode nos derrubar, não importa o tamanho do poço onde caímos sempre podemos sair...mais não existe bilhete premiado que nos salve de um momento para outro, esse salvamento é duro, demorado, trabalhoso e até doloroso...”